Educação e Trabalho no Estado Novo
Um estudo historiográfico sobre a formação profissional e o Sistema S.
Universidade de Brasília | UnB
Faculdade de Educação | FE
Educação e Trabalho
Docente: Caetana Juracy Rezende Silva
Discente: Júlio Rarick Lopes Bogalho
Apresentação
A motivação para este projeto de pesquisa surge da necessidade de compreender as complexas relações entre educação e trabalho no contexto do Estado Novo (1937-1945), um período marcado pela centralização do poder e pela implementação de políticas que visavam à modernização do Brasil. O interesse particular reside na análise de como o processo educacional, especialmente no âmbito da formação profissional, foi articulado pelo governo de Getúlio Vargas para moldar a mão de obra de acordo com as exigências do mercado de trabalho emergente.
Justificativa
O tema da educação e trabalho no Estado Novo é de grande importância social e relevância científica, pois aborda um período crucial na história brasileira em que o Estado assumiu um papel central na organização do mercado de trabalho e na definição das políticas educacionais. A criação do Sistema S (SENAI, SENAC, entre outros) representa um marco significativo na institucionalização da educação profissional no Brasil, refletindo os esforços do governo em responder às demandas de uma economia em processo de industrialização. Este estudo pretende contribuir para o entendimento das interações entre políticas educacionais e econômicas, e como essas políticas moldaram as condições de trabalho e a formação profissional no país.
Tema e Objeto de Estudo
Educação e trabalho no Estado Novo.
Objetivo Geral
Analisar como eram organizadas as formas de trabalho no Estado Novo e como o processo educacional influenciava nesse contexto, com ênfase no papel das instituições de formação profissional criadas durante o período.
Objetivos Específicos
- Investigar a criação do Sistema S (SENAI, SENAC) e sua relação com o mercado de trabalho.
- Avaliar o impacto na estruturação das relações de trabalho e no desenvolvimento econômico e educacional do Brasil, durante o Estado Novo.
Referencial Teórico
- Ângela de Castro Gomes: “A invenção do trabalhismo”
- Maria Celina D’Araújo (Org.): “As instituições brasileiras da Era Vargas”
- Jorge Ferreira e Lucília de Almeida Neves Delgado (Orgs.): “O Brasil republicano, v. 2”
- Dermeval Saviani: “Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos”
- entre outros...
Abordagem Metodológica
A pesquisa seguirá a abordagem metodológica do gênero epistêmico proposto por Gianna Pomata, caracterizada pela análise da produção de conhecimento e da construção de narrativas históricas.
Ver conteúdo completoCronograma de Trabalho
| Etapa | Período |
|---|---|
| Revisão bibliográfica | Janeiro a Março de 2025 |
| Coleta e análise de fontes | Abril a Junho de 2025 |
| Análise de manuais didáticos | Julho e Agosto de 2025 |
| Redação final da dissertação | Setembro a Novembro de 2025 |
Referências Bibliográficas
- BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
- GOMES, Angela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
- FERREIRA, Jorge; Delgado, Lucília de Almeida Neves (Orgs.). O Brasil republicano, v. 2. Civilização Brasileira, 2007.
- FRAGA, André Barbosa; LAGO, Mayra Coan; MOURELLE, Thiago Cavaliere (Orgs.). Governo Vargas: um projeto de nação. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2020.
- SAVIANI, Dermeval. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. São Paulo: Editora Autores Associados, 2007.
- KUENZER, Acácia Zeneida. Pedagogia da fábrica. São Paulo: Editora Cortez, 2011.
- RAMOS, Marise Nogueira. Trabalho, educação e correntes pedagógicas no Brasil. São Paulo: Editora Cortez, 2010.